Mato Grosso do Sul, 20 de maio de 2025

Mato Grosso do Sul concluiu plantio de milho no no dia 25 de abril

cerca de 2,3 milhões de hectares plantados com soja foram afetados pelo estresse hídrico, representando 52% da área total

De acordo com informações do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, até o dia 25 de abril, a colheita de soja para a safra 2024/2025 alcançou 99,7% da área total. A região sul está com a colheita mais avançada, com média de 99,8%, enquanto a região centro está com 99,6% e a norte está com 99,3% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 4,4 milhões de hectares.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Aprosoja/MS, Flavio Faedo Aguena, cerca de 2,3 milhões de hectares plantados com soja foram afetados pelo estresse hídrico, representando 52% da área total. “As lavouras mais atingidas são aquelas implantadas entre setembro e meados de outubro. Entre dezembro e janeiro, houve uma redução drástica nas precipitações, especialmente em janeiro, um mês crucial para a cultura da soja no estado, pois geralmente concentra o período de enchimento de grãos”.

Paralelamente à colheita da soja, a Aprosoja/MS acompanha o plantio do milho segunda safra 2024/2025. Até o dia 25 de abril, a semeadura alcançou 100% da área estimada em Mato Grosso do Sul.

“No caso do milho segunda safra 2024/205, a estimativa aponta que a segunda safra será 0,1% superior em comparação ao ciclo anterior (2023/2024), com uma área cultivada de 2,2 milhões de hectares. A produtividade média esperada é de 80,8 sacas por hectare, alinhada ao potencial produtivo observado nas últimas cinco safras do estado. Com base nesses números, a expectativa é de uma produção total de 10,2 milhões de toneladas, o que representa um crescimento significativo de 20,6% em relação ao ciclo anterior”.

Ainda de acordo com Flavio, a falta de chuva também prejudicou o plantio do milho, principalmente na região sul e extremo sul do Estado. “Como a cultura do milho demanda bastante água durante praticamente todo seu desenvolvimento, a falta de chuva e altas temperaturas podem acelerar o ciclo da cultura e consequentemente impactar no potencial produtivo. Nas últimas semana tivemos um bom volume de chuvas em praticamente todo o Estado, o que ajudou a recuperar parte do potencial produtivo das lavouras que sofreram com o estresse hídrico. Contudo, para garantir  uma boa produtividade é necessário que as chuvas sejam regulares até próximo do final do ciclo da cultura”.

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado do MS, a previsão para o trimestre de abril a junho de 2025 indica que as chuvas devem ser abaixo da média, especialmente nas regiões oeste e sudeste do Estado. Além disso, a expectativa é de temperaturas ainda mais elevadas, o que pode potencializar os efeitos da seca e agravar as condições de estiagem.

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