Mato Grosso do Sul, 22 de setembro de 2025

MS lidera carbono neutro com inovação e sustentabilidade

Mato Grosso do Sul é referência nacional com projetos que conciliam economia, preservação ambiental e sequestro de carbono

Mato Grosso do Sul se destaca como um exemplo nacional e global na agenda verde, provando que é possível conciliar o crescimento econômico com a preservação ambiental. Alinhado ao programa estadual Carbono Neutro 2030, o estado não apenas avança, mas também inspira novas soluções para os desafios climáticos.

Na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em Aquidauana, a inovação floresce em projetos que buscam recuperar áreas degradadas e impulsionar uma produção sustentável. Essas iniciativas, que geram riqueza enquanto cultivam um futuro mais verde, são um reflexo do compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável.

Um dos projetos inovadores é o PackSeed, uma parceria com a startup EcoSeed para a recuperação de áreas degradadas de forma mais acessível. De acordo com o engenheiro florestal Allan Motta Couto, um dos idealizadores, o foco é viabilizar o reflorestamento para produtores e instituições, o que inevitavelmente contribui para a fixação de carbono na atmosfera. A colega de projeto, Adriana Luzardo Couto, complementa que o objetivo é tornar a tecnologia de reflorestamento economicamente viável e aplicável.

Outra iniciativa estratégica, desenvolvida com a EMBRAPA Pantanal, é o uso sustentável do Louro-Preto (Cordia glabrata), visando a arborização de pastagens para melhorar o bem-estar animal e o desempenho da produção. Embora o foco não seja a captura de carbono, a arborização contribui para um microclima ideal para a pecuária.

O projeto Sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) no Ecótono Cerrado-Pantanal é outro destaque da UEMS. Este estudo avalia o potencial produtivo e a captura de carbono em áreas de integração, mostrando que o cultivo de eucalipto em ambientes pecuários pode imobilizar cerca de 18 toneladas de CO2 por ano por hectare, o que equivale, aproximadamente, à emissão de nove carros. A ideia é demonstrar aos produtores que a integração arbórea na produção de carne é viável e sustentável.

A engenheira agrônoma Larissa Pereira Ribeiro Teodoro, da UFMS, participou de um estudo que confirmou a eficiência das florestas de eucalipto na mitigação de emissões de carbono. Sua pesquisa, financiada pela Fundect, revelou que o eucalipto apresenta menor emissão de dióxido de carbono pelo solo comparado a outras culturas, além de um alto estoque de carbono. Ela enfatiza que a silvicultura e, especialmente, os sistemas integrados como a pecuária-floresta, podem impulsionar tanto a economia quanto a meta de neutralidade de carbono do estado.

Com cinco dos dez maiores municípios com áreas de florestas plantadas no Brasil, totalizando mais de 1 milhão de hectares, Mato Grosso do Sul solidifica sua posição como um líder em silvicultura e sustentabilidade ambiental. Esses dados, fornecidos pela Semadesc, reforçam o papel do estado como um polo de inovação e preservação do meio ambiente no Brasil.

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