Mato Grosso do Sul, 6 de fevereiro de 2025

Taxa de feminicídios caem 50% em MS

A taxa de feminicídios teve queda de 50% em Mato Grosso do Sul no período de 1º de janeiro a 31 de maio de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado. A diminuição do índice foi possível devido ao fortalecimento das políticas públicas voltadas às mulheres vítimas de violência doméstica adotada pelo Governo do Estado, além da ampliação do acesso à informação, que contribuíram de forma decisiva para a redução de crimes, principalmente feminicídios.

O trabalho preventivo e de proteção, além das ações realizadas pelas delegacias especializadas, também são fatores que influenciam a redução dos casos de violência contra a mulher. Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) são relativos ao período de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

Os dados apontam registro de nove casos de feminicídios em todo o Estado, entre 1º de janeiro a 31 de maio deste ano. Enquanto no ano passado foram 18 feminicídios no mesmo período. Em Campo Grande também houve queda de 40% deste tipo de crime nos primeiros cinco meses do ano, quando foram registrados três casos na Capital – em 2022 foram cinco.

A delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande, Elaine Benicasa, explicou que a expressiva queda nos casos de feminicídios na Capital e no Estado se deve principalmente ao trabalho contínuo realizado por toda a rede de atendimento e proteção à mulher.

“Por meio da rede de proteção e atendimento, a informação é levada às mulheres, e não apenas a elas, como também para toda a população, de forma coesa, objetiva e intensa, fazendo com que as vítimas se sintam fortalecidas e seguras para denunciarem os casos de violência, registrarem boletins de ocorrência e pedirem medidas protetivas de urgência”, afirmou.

A delegada destacou ainda a importância das denúncias para a proteção das mulheres e redução das mortes. “Em quase a totalidade dos casos de feminicídios consumados, as vítimas não possuíam sequer boletins de ocorrência (BO) registrados em desfavor dos agressores. O BO, juntamente com o pedido de medidas protetivas, é de extrema importância, pois acaba trazendo não apenas proteção à vítima, como também um certo temor aos agressores com a certeza da punição, evitando assim ações violentas contra as mulheres e prevenindo não apenas feminicídios, como também outros tipos de crime”, finalizou.

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