Mato Grosso do Sul, 12 de fevereiro de 2025

Laudo atesta que calor extremo matou fã de MS em show de Taylor Swift

Familiares usam camiseta com a foto de Ana Clara durante encontro com Taylor, após a morte

Foi exaustão térmica a causa da morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, durante o show da cantora Taylor Swift, no dia 17 de novembro de 2023, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.

Ana Clara estudava Psicologia em Rondonópolis (MT), e a família vivia em Mato Grosso do Sul, na cidade de Sonora. A universitária foi sepultada na cidade vizinha, Pedro Gomes (MS). Ela recebeu várias homenagens. Entre elas, um convite para a familiares e amigos se encontrarem com a artista durante sua passagem pelo país.

De acordo com informação do portal G1, as conclusões da perícia foram as seguintes:

A universitária estava exposta ao calor difuso — ou seja, que havia calor extremo no ambiente;

A exposição foi indireta;

A fonte do calor foi o sol;

A evolução clínica aponta exaustão térmica com quadro de choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, evoluindo para morte súbita.

Ainda de acordo com o documento, Ana Clara morreu por hemorragia alveolar. Isso quer dizer que houve rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, além de congestão polivisceral, que significa a paralisação de vários órgãos por exposição difusa ao calor.

A morte provocou comoção nacional e uma série de questionamentos sobre a produção do espetáculo, diante dos relatos de que os fãs ficaram sem água para consumidor, em meio a uma onda de calor acima dos 40 graus. Eles não podiam entrar com garrafas de água e a oferta para venda foi insuficiente para o público presente.

Os sintomas que levaram Ana Clara à morte começaram durante a segunda música interpretada por Taylor Swift, segundo relato de amigos que estavam com ela.

Andamento da investigação

O inquérito policial corre na 24ª Delegacia de Polícia no Rio de Janeiro. Agora, com o resultado do laudo, representantes da T4F – Time For Fun, organizadora do show, devem ser intimados a depor.

“Foram feitos quatro exames além desse laudo complementar”, informou a delegada Juliana Almeida, segundo o G1.

Ela informou que num outro exame ficou determinado que a Ana Clara não ingeriu bebida alcóolica, não consumiu substâncias tóxicas e não tinha doenças preexistentes.

“O próximo passo do inquérito policial agora é realizar a oitiva dos organizadores do evento pra saber quais foram as medidas que eles tomaram no dia. Diante do que o laudo apontou e das demais diligências que a gente vai realizar, as oitivas, pode levar ao indiciamento por homicídio culposo”, declarou a autoridade policial do Rio de Janeiro.

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