Mato Grosso do Sul, 5 de fevereiro de 2025

Instituto Butantan inicia desenvolvimento de vacina contra gripe aviária

O Instituto Butantan, em São Paulo, está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a gripe aviária para humanos. Até o dia 22 de maio, o Brasil confirmou oito casos da doença em aves silvestres. 

Até o momento, apesar dos milhões de casos em animais, autoridades em saúde consideram que o vírus não infecta humanos com facilidade, porém o aumento de casos recentemente tem deixados órgãos sanitários em alerta.  

Também ontem, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo território nacional. A medida, diz o Governo, tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial. 

Segundo o Butantan, os testes iniciais para o desenvolvimento da vacina estão sendo realizados com cepas vacinais cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e um primeiro lote já está pronto para o início dos testes pré-clínicos, ou seja, testes em laboratório.

“A gripe aviária tem o potencial de causar nova pandemia, daí a mobilização da instituição, que se iniciou em janeiro deste ano”, disse o instituto, em nota divulgada ontem.

Processo de desenvolvimento

O processo de desenvolvimento de uma vacina é demorado e feito em diversas etapas. Após o estágio da realização dos testes pré-clínicos, que vão demonstrar a segurança e o potencial da vacina, são realizados os testes clínicos em humanos, que é a etapa mais longa.

Na fase clínica, que necessita de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser realizada, são analisadas a segurança, a eficiência e a eficácia da vacina.

Caso a vacina tenha um bom desempenho na fase clínica, ela é submetida a um registro pela Anvisa e só então poderá ser aplicada na população.

A influenza aviária (H1N5), também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa. A transmissão da doença ocorre pelo contato com aves doentes, vivas ou mortas.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada, ou seja, por enquanto, o vírus não se espalha facilmente de pessoa para pessoa. Porém, em humanos, a gripe aviária pode ser grave, com alta taxa de mortalidade.

Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade

Nesta segunda, em nota publicada em seu site, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reforçou a necessidade de mobilização de toda cadeia avícola para impedir o avanço da doença no País.

A entidade ressaltou que os focos identificados são de aves silvestres e que Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro. 

A ABPA considera que, neste momento, “o registro de novos casos não deve gerar impactos nas exportações brasileiras”.

“Neste contexto, cabe destacar o importante trabalho realizado pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária e das Relações Exteriores para apresentar esclarecimentos aos diversos destinos importadores da proteína animal do Brasil”.

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