Mato Grosso do Sul, 12 de fevereiro de 2025

Em uma semana, militares de MS resgatam 312 pessoas e 271 animais no RS

Militares do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de Mato Grosso do Sul resgataram 312 pessoas e 271 animais, em uma semana, entre os dias 3 e 10 de maio de 2024, em São Leopoldo (RS), município gaúcho que sofre com as fortes chuvas.

Além disso, também realizaram 62 ações humanitárias em solo riograndense, que é levar mantimentos para pessoas que não querem deixar suas casas.

Equipe composta por 14 homens resgatam famílias ilhadas em casas submersas pela água, socorrem animais em telhados, içam pessoas em áreas de risco para lavá-las para local seguro, transportam famílias inteiras e animais nos barcos da corporação, levam mantimentos para famílias que não querem sair de casa, enviam cestas básicas para famílias isoladas, atuam na busca por desaparecidos e arriscam suas vidas mergulhando/entrando na água suja das enchentes.

Os militares atuam como heróis na busca e salvamento de pessoas em cidades gaúchas que estão debaixo d’água.

“Bairros que alagaram, bairros bastante populosos aqui na cidade de São Leopoldo, hoje [10 de maio] foram feitos muitos resgates de cachorros. Tem abrigos que estão recebendo esses animais que infelizmente não estão com os seus donos. O pessoal está alimentando os cães, é mais uma cena de solidariedade aqui. É bonito de se ver. Emocionante de ver essa união do povo, tanto pelo povo do Rio Grande do Sul, quanto pelos animais em geral”, relatou bombeiro militar de MS que participa da missão no RS.

Na quinta-feira (9), helicóptero da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) resgatou uma mulher e um cachorro de cima do telhado de uma casa, em área alagada, em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul. O salvamento foi flagrado ao vivo pelo Globocop, helicóptero da Rede Globo.

Ao todo, 15 militares, duas viaturas, duas embarcações e um helicóptero atuam no resgate e salvamento de famílias ilhadas e vítimas das chuvas.

Calamidade

Boletim, divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (10), aponta que as chuvas já resultaram em 126 mortes, 141 desaparecimentos e 756 feridos, em todo o Estado, desde terça-feira (30).

Até o momento, 340 mil pessoas estão desalojadas, desse número, 71,4 mil estão em abrigos. As chuvas atingem 441 dos 497 municípios do RS.

As forças de segurança, com auxílio de voluntários, conseguiram resgatar 70,8 mil pessoas e 9,9 mil animais.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), algumas rodovias estão total ou parcialmente bloqueados, incluindo estradas e pontes.

Algumas foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Em 1º de maio, o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas.

A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.

O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

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