Mato Grosso do Sul, 10 de fevereiro de 2025

Bombeiros e Agesul atuam para preservar pontes, vegetação e moradias de ribeirinhos no Pantanal

O trabalho de controle e extinção dos incêndios florestais realizado pelo Corpo de Bombeiros no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, foi efetivo em diferentes áreas do bioma, impedindo que as chamas destruíssem moradias, pontes e também a vegetação.

Desde o início do ano, equipes contratadas pela Agesul têm trabalhado na prevenção dos incêndios das pontes por meio da limpeza das cabeceiras, explicou o secretário de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo. “O Governo do Estado tem atuado rapidamente em prevenção contra incêndio dentro do Pantanal, um bioma extremamente complexo, que precisa de uma ação do governo rápida. Ampliou as bases dos bombeiros, com mais 13 bases, adquiriu equipamentos, aeronaves, e a Secretaria (de Infraestrutura) está fazendo a prevenção limpando a cabeceira das pontes. São mais de 400 pontes no Pantanal”, afirmou.

As equipes também tem feito desvios para garantir a trafegabilidade na região. “As duas equipes terceirizadas de manutenção de estradas e pontes estão concentradas no Pantanal fazendo vistoria nas mais emblemáticas, mais perigosas de pegar fogo, limpando as cabeceiras e fazendo os desvios para que não haja interrupção do trânsito. Os desvios também já estão prontos para que em eventuais problemas nas pontes você tenha passagem e trafegabilidade fica garantida. Essa ação está sendo coordenada pela Semadesc, pelo Imasul e o Governo do Estado, através da Seilog com equipamento e pessoal”.

Apesar do aumento dos focos de incêndios, especialmente devido as condições climáticas extremas – sem chuvas, com altas temperaturas e velocidade dos ventos acima de 50 km/h, o que facilita a propagação do fogo –, as ações de combate foram exitosas em diversas situações.

Na Estrada Parque, entre o Porto da Manga e a região conhecida como Curva do Leque, três pontes ficaram expostas ao fogo. Uma das estruturas foi parcialmente queimada, mas outras duas foram protegidas e os bombeiros conseguiram impedir que as chamas atingissem os locais.

“Estão ocorrendo combates diários em várias regiões. O ponto de combate mais próximo de Corumbá é o das pontes, que fica a aproximadamente 4 horas. A ponte que foi afetada é a primeira, após o Porto da Manga, as outras duas as equipes conseguiram desviar o fogo, e proteger. Esses militares continuam na região para manter a proteção das outras pontes. Fizeram o controle desse incêndio, parcial nesta ponte, mais da metade da estrutura ainda restou”, disse o cabo Marcos Felipe, do CBMMS, que está em Corumbá.

A ponte queimada na Estrada Parque – sobre o Rio Negro –, está a 5,5 km após o Porto da Manga, a próxima ponte fica após dela, aproximadamente 2 km depois dela – ambas no sentido Campo Grande. Duas guarnições que atuaram ontem (18) no combate, com oito militares e duas viaturas, fizeram a proteção da área durante toda a noite.

Outras equipes também foram deslocadas para a BR-262, pois havia risco do fogo se alastrar para a rodovia, mas devido a mudança da direção dos ventos as chamas seguiram para outra área. “Estamos no local desde ontem, às 19h, e agora são traçadas estratégias de combate, porque o local onde o fogo está é de muito difícil acesso”, afirmou o bombeiro.

As equipes das bases avançadas da região de Coxim foram remanejadas para a área do Pantanal, em Corumbá, para combater o incêndio no Porto da Manga na estrada Parque Pantanal, MS-228. Também estão empenhadas duas Viaturas Auto Tanque (AT), uma viatura Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF) e duas camionetes equipadas com kit pick-up e sopradores. As guarnições de combate das bases avançadas de Lourdes, Corumbá, 2 de Maio e São Sebastião Grande também foram empenhadas.

Todo o trabalho realizado pelos bombeiros também enfrenta dificuldades diárias, principalmente das condições climáticas. Uma situação específica neste mesmo incêndio, impediu que as equipes chegassem ao local pelo rio. As chamas estavam na lateral (flanco), no Porto Formigueiro, quando a guarnição tentou acessar o braço do rio, que desagua no Paraguai, e não conseguiram por falta de navegabilidade.

“Dificulta o acesso, aumenta o tempo resposta e a progressão do incêndio. Com isso o fogo ultrapassou a Estrada Parque, e estava seguindo rumo ao Rio Miranda. A equipe em solo tentou interceptar e extinguir antes de chegar na BR-262”, afirmou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado.

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