Professores aprovam negociação de salário e Câmara votará projeto na terça-feira
Sindicato campo-grandense dos profissionais da Educação Pública (ACP) aprovou nesta quarta-feira (1º), em assembleia, a proposta de reajuste salarial referente ao ano de 2022, feita pela Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG).
A partir disso, a Câmara Municipal irá votar o projeto na próxima terça-feira (7). O acordo foi de que a prefeitura irá pagar os 10,39% parcelado em duas vezes: 4% em fevereiro e 6.39% em junho.
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o vereador Prof. Juari Lopes Pinto (PSDB) afirmou que o projeto será aprovado.
“O projeto chega na terça-feira e vai passar [ser aprovado], com certeza. A gente tem conversado com os pares. E nós só vamos acatar aquilo que a categoria decidiu em assembleia na tarde de ontem. Então vem para essa casa e eu não vejo possibilidade de não passar”, disse.
Juari ainda destacou a importância da profissão. “Eu só gostaria que a educação fosse prioridade. Através dela é que nós vamos resolver problemas crônicos de saúde, de segurança, de cultura, porque enquanto não entenderem que é somente pela educação que nós vamos conseguir melhorar a sociedade, vamos continuar lutando contra um sistema que infelizmente não valoriza a educação. Então a educação é o caminho”, enfatizou.
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o presidente da ACP, Gilvano Bronzone, afirmou o impasse entre prefeitura e professores, referente as negociações de 2022, foi resolvido e que os próximos passos são lutar pelos reajustes de 2023 e 2024.
“[Foi] um sinal de reabertura de diálogo para efetivamente avançarmos nas próximas negociações rumo a valorização real da educação pública de nossa Campo Grande. Também se cria uma comissão composta com executivo, legislativo e sindicato para discutir o calendário da valorização 2023 e 2024”, disse.
Aulas da Rede Municipal de Ensino (Reme) começarão em 8 de fevereiro.
Luta
Professores da Reme reivindicavam por reajuste salarial de 10,39% desde o fim do ano passado.
A categoria deflagrou greve e aulas foram suspensas de 2 a 9 dezembro de 2022. Além disso, ficou acampada em frente a prefeitura como forma de protesto.
Em 2 de dezembro, cerca de três mil servidores municipais da educação fizeram uma passeata até o Paço Municipal, onde ficaram concentrados aos gritos de “prefeita, cadê você? Eu vim aqui para receber”.
A partir de então, a prefeita fez contraproposta de reajuste salarial de 4,78% somado ao auxílio alimentação de R$ 400,00, que foi negado pela categoria, por unanimidade.
Outra contraproposta feita pela prefeita foi parcelar o reajuste em três parcelas: 3,42% em janeiro, 3,48% em maio e 3,48% em dezembro de 2023. A categoria não aceitou.
A contraproposta, feita pelo Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP- MS), foi parcelar o reajuste em duas vezes: uma parcela de 3,42% em janeiro e 6,97% em março de 2023, mas, Adriane rejeitou.
Inicialmente, era esperado que o reajuste de 10,39% fosse pago integralmente. Mas, a prefeitura recusou todas as propostas, alegando falta de dinheiro e aumento de despesas.