Pecuária no Pantanal gera R$ 1,83 bilhão e impulsiona empregos em MS
Com faturamento anual superior a R$ 1,83 bilhão, a pecuária é a atividade que mais gera empregos no Pantanal, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
O setor responde por 23% da riqueza gerada em Mato Grosso do Sul, com destaque para a produção pantaneira, que contribui tanto para a economia quanto para a sociedade local.
Na região pantaneira, que abrange nove municípios e conta com uma população de mais de 278 mil habitantes (IBGE, 2022), a pecuária de corte e o cultivo de cana-de-açúcar são as principais atividades geradoras de emprego.
Somente no campo, são cerca de 45 mil pessoas (IBGE, 2010). Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou 90.244 pessoas ocupadas, das quais 13.158 estavam no Pantanal, com a pecuária de corte liderando o número de postos de trabalho, representando 76,18% do total. As atividades geradoras de emprego movimentaram R$ 3,21 bilhões.
A bovinocultura de corte, que há mais de 200 anos se desenvolve de forma extensiva e sustentável no Pantanal, destaca-se pela preservação: 84% das áreas privadas mantêm vegetação nativa, segundo a Famasul.
Corumbá, segundo maior município em rebanho bovino do Brasil, fica atrás apenas de São Félix do Xingu (PA). Em 2023, a cidade alcançou 2,1 milhões de cabeças, representando 38,8% do rebanho no bioma Pantanal e assumindo o primeiro lugar no estado.
A região pantaneira responde por 29,29% do efetivo estadual, com mais de 5,4 milhões de animais. Considerando apenas a área do município no bioma, o rebanho representa 20,56% do total estadual.
Entre 2014 e 2023, a pecuária no Pantanal registrou um aumento de 3% na área de pasto, 8% no rebanho bovino e produtividade de 0,84 cabeças por hectare, refletindo um crescimento de 5% no período.
Outras atividades
Além da bovinocultura, outras atividades pecuárias ganham destaque no bioma. A criação de ovinos, por exemplo, coloca Corumbá na liderança estadual, com 14.996 cabeças.
Aquidauana e Porto Murtinho seguem em segundo e quarto lugares, respectivamente. Na suinocultura, Rio Verde de Mato Grosso ocupa a oitava posição estadual e apresenta potencial de expansão no número de matrizes.
O desenvolvimento econômico no Pantanal está ligado à qualificação dos gestores e trabalhadores rurais. Na região, há 216 instituições de ensino básico e 10 que oferecem cursos técnicos, graduação e pós-graduação, favorecendo a profissionalização e aumentando as chances de sucesso dos empreendimentos rurais.
A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS apoia 1.022 produtores rurais no Pantanal. Além disso, mais de 300 cursos, presenciais e a distância, são oferecidos nas nove cidades da região, capacitando 8.163 pessoas até outubro de 2024.