Mato Grosso do Sul, 11 de janeiro de 2025

MS registrou abertura de 139 MEIs por dia em 2023

O número de microempreendedores individuais (MEIs) cresceu 19,53% no intervalo de um ano em Mato Grosso do Sul. Em 2022, eram 178.179 registros ativos, enquanto no ano passado foram 34.804 formalizações a mais homologadas, chegando ao total de 212.983, conforme dados da Receita Federal, divulgados pelo Sebrae-MS. 

Ao considerarmos que em 2023 foram 250 dias úteis, é possível afirmar que, entre janeiro e dezembro do ano passado, foram mais de 139 MEIs registrados por dia em todo o Estado. 
Ainda de acordo com os dados divulgados pelo Sebrae-MS, o número de microempresários individuais mais que dobrou em cinco anos. Em 2019, eram 104.669 inscrições ativas, alta de 103% na comparação com o total informado em 2023.

O economista sócio da WGSA Gestão Empresarial, Ricardo Gomes, destaca que, atualmente, o País tem quase 70% dos CNPJs representados por MEIs. “Desde 2017, o número dobrou, e entre 2020 e 2023, a quantidade de empresas no modelo MEI cresceu 55%”.

Gomes atribui o crescimento da quantidade de empresas MEI em Mato Grosso do Sul ao acompanhamento de uma tendência nacional. “Podemos atrelar esse aumento elevado ao custo que a contratação pela modalidade de Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, impõe no orçamento das empresas. Por essa razão, o MEI se torna uma alternativa de contratação mais barata”, detalha.

O economista acrescenta que os efeitos econômicos mais importantes do aumento da quantidade de MEIs na economia são a diminuição da proteção social (seguro contra sinistros do trabalho, aposentadoria) da maioria dos trabalhadores, assim como menos estabilidade do trabalho, pois há menos garantia de contratos estáveis. 

O economista Eduardo Matos lembra que, em 2020, a pandemia foi responsável pela demissão de muitas pessoas e, com isso, a relação de trabalho também foi alterada. “Já tivemos uma recuperação em partes da atividade econômica, mas a informalidade ainda é muito grande, e o salário não está muito atrativo ao trabalhador”, pontua.

Fonte: Correio do Estado

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