Mato Grosso do Sul, 28 de dezembro de 2024

Mesmo com desaceleração em novembro, exportações de carne bovina crescem em 2024

o preço médio caiu 5,8%, passando de US$ 4.328 em 2023 para US$ 4.077 em 2024

As exportações brasileiras de carne bovina, que englobam produtos processados e carne in natura, desaceleraram em novembro, mas mantiveram alta expressiva no acumulado de 2024.

De janeiro a novembro, foram exportadas 2,95 milhões de toneladas, um aumento de 30,84% em relação ao mesmo período de 2023. A receita totalizou US$ 12,02 bilhões, crescimento de 23,25%.

Apesar disso, o preço médio caiu 5,8%, passando de US$ 4.328 em 2023 para US$ 4.077 em 2024.

Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Desempenho em novembro

Após quatro meses consecutivos com alta acima de 30% no volume mensal, as exportações de carne bovina desaceleraram em novembro, registrando crescimento de 9% em relação ao mesmo mês de 2023. Foram exportadas 279,2 mil toneladas, frente a 256,1 mil toneladas no ano anterior.

Os preços médios subiram, atingindo US$ 4.469 por tonelada em 2024, contra US$ 3.909 no mesmo período de 2023. Isso resultou em uma receita 25% maior, que passou de US$ 1 bilhão para US$ 1,247 bilhão.

China e Estados Unidos

A China continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira, embora sua participação no total exportado tenha diminuído. Entre janeiro e novembro de 2024, foram enviadas 1,21 milhão de toneladas ao país (+11%), gerando receita de US$ 5,42 bilhões (+3,7%). No entanto, a representatividade da China caiu de 48,4% para 41,1% no volume total exportado e de 53,6% para 45,1% na receita.

Os Estados Unidos, por outro lado, ampliaram significativamente sua fatia nas exportações brasileiras. Em 2024, o país importou 493,4 mil toneladas (+69,6%) e gerou uma receita de US$ 1,489 bilhão (+57,7%), aumentando sua participação de 12,9% para 16,7%.

Outros mercados em destaque

Entre os principais importadores, os Emirados Árabes dobraram suas compras de carne bovina brasileira em 2024. Foram adquiridas 129,9 mil toneladas (+103,3%), gerando receita de US$ 588,8 milhões (+110,2%).

O Chile também apresentou crescimento, embora mais modesto, com importações de 96,8 mil toneladas (+3,3%) e receita de US$ 461,2 milhões (+3,8%).

No acumulado de 2024, 108 países aumentaram suas compras de carne bovina brasileira, enquanto 63 reduziram os volumes importados.

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