Mato Grosso do Sul, 11 de janeiro de 2025

Gripe aviária: Japão suspende importação de carne de aves de MS

Após Mato Grosso do Sul registrar primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – H5N1) em aves de subsistência, o governo do Japão anunciou a suspensão temporária das importações de ovos, aves vivas, carne de aves e seus subprodutos do estado.

O governo japonês notificou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre a decisão ontem (dia 19).

A confirmação do foco em uma criação de aves domésticas de subsistência no Mato Grosso do Sul aconteceu no município de Bonito. A comercialização com os demais estados continua normalmente, segundo o Mapa.

Em junho, o Japão quando foram registrados casos anteriores de gripe aviária em aves de subsistência em Santa Catarina e no Espírito Santo também tinha suspendido de forma temporária a importação de carne de aves, ovos e derivados da carne de aves produzidas dos dois estados. Após cumprimento e protocolos e acordo entre os dois países, o Japão colocou fim a sanção.

Medidas

Segundo o Mapa, as medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco em MS, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco.

Até o momento, não há nenhum foco confirmado da doença em produção comercial. Desta forma, o país segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Brasil é líder nas exportações de frango para o mundo, respondendo por 35% do mercado global. Segundo dados do AgroStat (sistema de estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), Mato Grosso do Sul exporta ao Japão 18,4% de sua produção de carne de frango in natura.

SP bate recorde de casos

O Mapa confirmou ontem um novo caso de gripe aviária de alta patogenicidade em ave silvestre. O foco foi encontrado em uma espécie trinta-réis-de-bando, na cidade do Guarujá, litoral de São Paulo.

O Brasil agora soma 106 casos da doença, 103 em aves silvestres e três em aves de subsistência.

Com o caso no Guarujá, São Paulo iguala com o Espírito Santo como estado recordista de casos, são 29 casos em cada local. Em seguida vem o Rio de Janeiro: 18 (aves silvestres).

O Paraná tem 12 casos confirmados, também em aves silvestres, seguido de Santa Catarina, com 11 (10 em ave silvestre e 1 em ave de subsistência). O estado da Bahia tem quatro casos e o Rio Grande do Sul e MS apenas um cada um, todos eles em aves silvestres.

Até a atualização mais recente do Mapa, o Brasil, além dos 106 focos de gripe aviária, tem 1.880 investigações realizadas, 483 com coleta de amostras e sete investigações em andamento.

O fim do inverno aumenta o risco de propagação do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – H5N1) devido a chegada de novas revoadas de aves migratórias vindas do norte do continente, onde a doença mantém presença há mais de dois anos.

O Mapa segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.

Na semana passada, o Governo Federal anunciou novas medidas de enfrentamento da doença. 

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