Frango Vida renova avicultura em Sidrolândia e garante modernização da atividade na região
Aviários no sistema dark house que asseguram a luminosidade perfeita, juntamente à possibilidade de controlar, além de fatores como temperatura, a estimulação da nutrição, bem como o sistema de bebedouros, e que ainda oferece sustentabilidade por produzir menos gases de efeito estufa, painel eletrônico e aquecimento, movidos a energia solar.
Todas estas modernidades podem ser vistas em diversos aviários de Sidrolândia, onde as instalações antigas estão sendo trocadas por granjas tecnificadas.
As inovações e investimentos estão sendo garantidos por meio de incentivos do Governo de Mato Grosso do Sul, como o programa Frango Vida, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), que ajuda a manter a saúde do rebanho e a biossegurança nas instalações avícolas, apoiando os produtores em ações para regularização ambiental, sanitária, trabalhista e de adoção das boas práticas de produção nos aviários.
No município, 83 avicultores inscritos no programa receberam R$ 12,7 milhões no ano passado, valores que estão sendo convertidos na modernização das unidades de produção.
No ano passado em todo o MS, 286 avicultores foram beneficiados com o repasse de R$ 36,5 milhões no primeiro ano de aplicação do programa, criado em 2003 no âmbito do Proape (Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul) e que foi implementado com base na resolução conjunta 86 publicada na edição de 23 de setembro de 2022, que definiu as regras do programa na parte relativa à avicultura.
Um deles é o produtor Daniel Miotto, que iniciou a atividade há cinco anos em Sidrolândia e aderiu ao Frango Vida há 10 meses. Ele tem duas granjas onde produz 64 mil aves. Com os incentivos ele deve chegar a 200 mil aves.
“O Frango Vida ajudou muito em investimentos que a gente vinha programando, melhorias que faríamos em dois anos conseguimos adiantar. Investi em biosseguridade nas propriedades. Primeiro foi em composteira, isolamento e agora estou investindo em melhoramento de equipamentos. Fica menos tempo no barracão porque você tem equipamentos de tecnologia. O programa ajudou muito na questão financeira que a gente vinha passando momentos difíceis”, enfatizou.
“Este ano vou climatizar mais quatro barracões juntando o dinheiro do Proape mais o que eu tenho, que é um incentivo grande. Antes eu tinha que entrar em banco e agora não preciso mais. Esta é a grande vantagem”, destaca Miotto.
Outro exemplo de sucesso do Frango Vida pode ser conferido na propriedade da Família Rossoni, que conta com 8 aviários que produzem até 170 mil aves por período. O empreendimento é administrado por três mulheres de fibra.
A mãe Joseli e as filhas Geisa e Mirella. As avicultoras aderiam ao programa Frango Vida, do Governo do Estado há um ano e já sentem a diferença na renda na produção.
“Estas coisas, usina solar e outras práticas sustentáveis só foram possíveis com a ajuda do Frango Vida. Antes não conseguíamos inovar, mas agora vemos um grande desenvolvimento”, comentou Mirella Rossoni, que cuida da parte financeira e administrativa das granjas, e completa a fala.
“Sempre estamos melhorando e buscando inovação. Com apoio do Proape – Frango Vida, do Governo de Mato Grosso do Sul começamos a investir na modernização. Colocamos placa solar há dois anos, temos uma usina solar que garante o aquecimento. Implantamos no ano passado fornos em cada um dos aviários para melhorar a ambiência”, discorre.
Ela destaca que o programa permite grandes melhorias no negócio. “Estamos sempre em constante melhoria, não podemos deixar decair porque senão fica mais caro a atividade. Temos que deixar tudo alinhado, sempre fazendo manutenção”, salienta lembrando que o Frango Vida ajudou muito na produção.
“O programa Frango Vida é uma política pública que veio de encontro aos anseios dos produtores, que com muita paciência esperaram por este incentivo financeiro, pois as modernizações, estão acontecendo muito rápido e os produtores não estavam dando conta de acompanhar, e estavam prevendo ficar com suas instalações obsoletas e sem avançar nas adequações mais tecnológicas”, acrescentou o gestor de avicultura da Semadesc.