Mato Grosso do Sul, 10 de janeiro de 2025

CNA lista 7 prioridades do agro para constar na reforma tributária

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, se encontrou hoje (dia 5) com os presidentes de Federações Estaduais de Agricultura e Pecuária e definiu 7 pontos prioritários do setor para constar na reforma tributária.

A entidade afirmou que somente irá apoiar a reforma tributária se essas prioridades forem atendidas e constarem no parecer do relator da proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Os 7 apontamentos prioritários da CNA são:

– alíquota do agronegócio deve ser de até 20% da alíquota padrão, a exemplo do que ocorre em outros países;

– pequenos e médios produtores rurais não serem contribuintes diretos do IVA (Imposto sobre Valor Agregado, que é a unificação de diversos impostos), também como ocorre em países como Espanha e Alemanha, e que seja criado um Regime Especial para Agricultura, Pecuária e Pesca. Além disso, que produtores com faturamento anual de R$ 4,8 milhões não sejam obrigados ao tributo, mas tenham opção de adesão voluntária;

– Imposto seletivo não pode incidir sobre insumos agropecuários ou sobre alimentos, caso contrário irá elevar o custo de vida da população e gerar cumulatividade tributária, um dos problemas que se pretende eliminar do sistema atual;

– IPVA não deve incidir sobre aeronaves agrícolas e tratores, pois haverá aumento da carga tributária incidente sobre patrimônio e sobre os serviços contratados pelos produtores rurais;

– a remuneração do produtor rural integrado não deve sofrer a incidência do IVA, apenas como é atualmente, incidência do Imposto de Renda;

– garantia de que os créditos tributários sejam ressarcidos em até 60 dias, e que não sejam estornados;

– adequado tratamento ao ato cooperativo. É necessário impedir que haja tributação mais gravosa na relação entre cooperado e cooperativa do que aquela que incidiria se ele operasse individualmente ou por outro tipo societário.

FPA

O presidente João Martins afirmou durante a reunião que a reforma deve garantir segurança jurídica e simplificar o sistema tributário sem aumentar a carga de impostos.

A entidade, segundo nota, tem subsidiado a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com estudos técnicos que mostram os impactos econômicos para os produtores e para a população.

“A Confederação e a FPA estão juntas nas negociações com o relator Agnaldo Ribeiro para que esses pontos sejam levados em consideração na proposta de reforma tributária”, disse em nota.

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