Mato Grosso do Sul, 10 de janeiro de 2025

Avanço tecnológico gera mais empregos no agro, avalia CNA

A tecnologia é uma aliada do agro em oportunidades de emprego. É o que avaliou o Sistema CNA/Senar avaliou que após debater a evolução e perspectivas do emprego no setor, que aconteceu ontem (dia 4).

Segundo a coordenadora de Educação Formal do Senar e a assessora do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Maria Cristina Ferreira, mudanças tecnológicas no setor geram mais oportunidades e não o desemprego.

“Com a evolução da tecnologia não há destruição do emprego, mas transformação e migração, que demandam capacitação. Com isso, cresce a procura por profissionais de diversas áreas, como serviços de logística e transporte, gestão financeira, agronômica e ambiental de propriedade, operação de drones. Ou seja, à medida que a agricultura digital evolui, vamos ter um maior número de vagas para esse tipo de profissional”, explica.

A economista apontou que, em 2023, o agro tinha mais de 28 milhões de pessoas trabalhando no setor, com profissionais mais qualificados e maiores ganhos devido, principalmente, à formalização e ao aumento do nível educacional da mão-de-obra.

“As mudanças tecnológicas no setor geram mais oportunidades, sendo perceptível o crescimento de pessoas interessadas no campo”, disse ela, destacando que a última seleção dos cursos técnicos contabilizou mais de 13 mil inscritos nos cursos de Agricultura, Agronegócio, Fruticultura, Florestas e Zootecnia.

Segundo ela, o agro é um mercado gigantesco, citando que a economia nacional registrou alta de quase 3% em 2023 graças ao crescimento da produção agropecuária no ano.

“O agro é um dos principais motores da economia e isso está diretamente relacionado ao mercado de trabalho porque a atividade econômica gera empregos. Somos o terceiro maior exportador agro do mundo e, portanto, fundamentais para a segurança alimentar do planeta. Segundo a FAO, a produção de alimentos deverá aumentar em 70% até 2050 devido ao crescimento populacional mundial e o Brasil tem grande potencial para atender essa demanda”.

Recorde em 2023

O número de trabalhadores no agronegócio brasileiro de 28,34 milhões em 2023, citado pela economista, significou um recorde da série histórica, iniciada em 2012.

Foi o que apontou em março a metodologia aplicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse incremento foi impulsionado sobretudo pelos crescimentos dos contingentes empregados nos agrosserviços (que aumentou 8,4%, ou 772,27 mil pessoas) e em insumos (elevação de 5,1%, ou de 14,54 mil pessoas).

O avanço em ambos os segmentos, por sua vez, é reflexo do excepcional desempenho da produção dentro da porteira, o que estimula os segmentos a montante e a jusante no agronegócio.

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