ABPA amplia campanha nacional de prevenção à gripe aviária
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou hoje (dia 6) a ampliação da campanha nacional do setor contra a Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP).
A partir de então, a entidade passa nesta nova fase a incluir entre o seu público-alvo também as produções não comerciais, as chamadas subsistência ou “fundo de quintal”, e a população de maneira geral. Segundo a ABPA, ação integrará esforços de toda a cadeia produtiva em uma mobilização para ampliar a difusão das informações sobre os cuidados contra a enfermidade no Brasil.
Entre as ações previstas, estão novos materiais para distribuição em redes sociais, incluindo vídeos, folders, cards, e arquivos para impressão. O conteúdo também será disponibilizado para distribuição em áreas de risco como zonas litorâneas e núcleos de produção.
“O trabalho de preservação da biosseguridade na avicultura nacional segue intensificado, o que permitiu ao Brasil manter a avicultura industrial livre de Influenza Aviária. Por outro lado, todos devem se manter em total atenção, considerando o período de migração das aves para o Hemisfério Sul. Exatamente por isso, ampliamos o foco da nossa campanha para públicos que, embora não se voltem à produção industrial e não tenham influência no abastecimento nacional e nas exportações, devem também ser agentes de preservação do status sanitário do Brasil”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O Brasil é o único país entre os grandes produtores a nunca registrar casos de Influenza Aviária na produção industrial. Por isso, o país é reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Mais um caso confirmado hoje
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou hoje (dia 6) mais um caso de gripe aviária no Brasil. O caso foi confirmado no litoral de São Paulo, em Ilha Comprida, em um Leão-marinho-da-patagônia.
Com a nova confirmação, o Brasil soma agora 139 casos da doença, sendo três em aves de subsistência e cinco em mamíferos marinhos.
A pasta reitera que não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro da doença na produção comercial.
“Apesar das infecções humanas com vírus da influenza aviária serem raras, o Mapa solicita à população que evite se aproximar do local onde os focos foram registrados e que não toque em animais doentes ou mortos para prevenir o contágio e a disseminação da doença”, diz a pasta
Até a atualização mais recente do Mapa, o Brasil, além dos 139 focos de gripe aviária, tem 2.200 investigações realizadas, 606 com coleta de amostras e 20 investigações em andamento.
Confira os casos pelo Brasil:
São Paulo: 44 (43 em aves silvestres e 1 animal marinho)
Espírito Santo: 31 (30 em aves silvestres e 1 em ave de subsistência)
Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres)
Santa Catarina: 19 (17 em aves silvestres, 1 em animal marinho e 1 em ave de subsistência)
Paraná: 12 (aves silvestres)
Rio Grande do Sul: 5 (2 aves silvestre e 3 animais marinhos)
Bahia: 4 (aves silvestres)
Mato Grosso do Sul 1 (ave de subsistência)